曹髦:一个皇帝的高贵选择
Louis-Alexandre Berthier | |
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Dados pessoais | |
Nascimento | 20 de novembro de 1753 Versalhes, Fran?a |
Morte | 1 de junho de 1815 (61 anos) Bamberg, Baviera |
Carreira militar | |
Anos de servi?o | 1764-1815 |
Hierarquia | Marechal do Império |
Unidade | Grande Armée |
Honrarias | Gr?-Cruz da Legi?o de Honra Comendador da Ordem de S?o Luís Sociedade dos Cincinnati Par de Fran?a Príncipe de Neuchatel e Wagram Nome inscrito no Arco do Triunfo |
Outros servi?os | Ministro da Guerra |
Louis-Alexandre Berthier, (20 de novembro de 1753 – 1 de junho de 1815) 1.o Príncipe de Wagram, Príncipe Soberano de Neuchatel, era um Marechal do Império que atuava como Ministro da Guerra e chefe do estado-maior de Napole?o. Nascido em uma família militar, ele serviu no Exército francês e sobreviveu às suspeitas de monarquismo durante o Reinado do Terror, antes de uma rápida ascens?o na hierarquia durante as Guerras Revolucionárias Francesas. Embora um defensor chave do golpe contra o Diretório que deu a Napole?o o poder supremo, e presente para suas maiores vitórias, Berthier se op?s fortemente ao alongamento progressivo das linhas de comunica??o durante a Campanha russa. Com permiss?o para se aposentar pelo regime restaurado dos Bourbon, ele morreu de causas n?o naturais pouco antes da Batalha de Waterloo. A reputa??o de Berthier como um excelente organizador operacional permanece forte entre os historiadores atuais.[1]
Juventude
[editar | editar código fonte]Berthier nasceu em 20 de novembro de 1753 em Versalhes filho do tenente-coronel Jean-Baptiste Berthier (1721-1804), um oficial do Corpo de Engenheiros Topográficos e sua primeira esposa (casada em 1746) Marie Fran?oise L'Huillier de La Serre. Ele era o mais velho de cinco filhos, com os três irm?os também servindo no exército francês, dois deles se tornando generais durante as Guerras Napole?nicas.[1][2]
Carreira militar
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Quando menino, Berthier foi instruído na arte militar por seu pai, um oficial do Corps de genie (corpo de engenheiros). Aos dezessete anos, ele entrou para o exército, servindo sucessivamente no estado-maior, nos engenheiros e no Régiment Royal–Allemand Cavalerie de Charles Eugène de Lorraine. Em 1780, Berthier foi para a América do Norte com o general Rochambeau e, em seu retorno, tendo atingido o posto de coronel, foi empregado em vários cargos de estado-maior e em uma miss?o militar na Prússia. Durante a Revolu??o Francesa, como chefe do Estado-Maior da Guarda Nacional de Versalhes, ele protegeu as tias de Luís XVI da violência popular e ajudou sua fuga em 1791.[1]
Em 1792, Berthier foi imediatamente nomeado chefe do estado-maior do marechal Nicolas Luckner e desempenhou um papel distinto na campanha dos generais Dumouriez e Kellermann em Argonne. Ele serviu com grande crédito na Guerra Vendéia de 1793-1795 e, no ano seguinte, foi nomeado general de divis?o e chefe do Estado-Maior (major-général ) do Exército da Itália, que Bonaparte havia recentemente sido nomeado para comandar. Ele desempenhou um papel importante na Batalha de Rivoli, substituindo o General Joubert quando este foi atacado pelo general austríaco Jozsef Alvinczi. Seu poder de trabalho, precis?o e compreens?o rápida, combinados com sua longa e variada experiência e seu completo domínio dos detalhes, fizeram de Berthier o chefe de gabinete ideal. Nessa posi??o, Berthier foi o assistente mais valioso de Napole?o pelo resto de sua carreira.[1]

Berthier acompanhou Napole?o ao longo da campanha de 1796 e foi deixado no comando do exército após o Tratado de Campo Formio. Ele estava neste cargo em 1798 quando entrou na Itália, invadiu o Vaticano, organizou a República Romana e fez o Papa Pio VI prisioneiro. Berthier supervisionou a transferência do Papa para Valence, onde, após uma jornada tortuosa, Pio morreu. A morte do Papa desferiu um grande golpe no poder político do Vaticano que, no entanto, n?o se mostrou t?o efêmero quanto o do Primeiro Império Francês.[1]
Depois disso, Berthier juntou-se ao seu chefe no Egito, servindo lá até o retorno de Napole?o. Ele ajudou no Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799), depois se tornando Ministro da Guerra por um tempo. Durante a Batalha de Marengo, Berthier foi o chefe nominal do Exército da Reserva, mas o primeiro c?nsul acompanhou o exército e ele atuou na realidade, como sempre, como chefe do Estado-Maior de Napole?o.[1]
Para que ninguém pensasse que este era um trabalho relativamente seguro, um oficial subordinado contemporaneo, Brossier, relata que na Batalha de Marengo:[1]
O general em chefe Berthier deu suas ordens com a precis?o de um guerreiro consumado, e em Marengo manteve a reputa??o que t?o justamente adquiriu na Itália e no Egito sob as ordens de Bonaparte. Ele próprio foi atingido por uma bala no bra?o. Dois de seus ajudantes de campo, Dutaillis e La Borde, tiveram seus cavalos mortos.[3]
No final da campanha, ele foi empregado em negócios civis e diplomáticos. Isso incluiu uma miss?o à Espanha em agosto de 1800, que resultou no retorno da Louisiana para a Fran?a pelo Tratado de San Ildefonso em 1 de outubro de 1800, e levou à compra da Louisiana.[4]
Quando Napole?o dep?s o rei Frederico Guilherme III da Prússia do principado de Neuchatel, Berthier foi nomeado seu governante. Isso durou até 1814 e também lhe rendeu o título de príncipe soberano em 1806.[1] Berthier foi o chefe de gabinete de Napole?o desde o início de sua primeira campanha italiana em 1796 até sua primeira abdica??o em 1814. A eficiência operacional do Grande Armée deveu muito a suas consideráveis ??habilidades administrativas e organizacionais.
Quando Napole?o se tornou imperador, Berthier foi imediatamente nomeado marechal do Império. Ele participou das campanhas de Austerlitz, Jena e Friedland. Ele foi feito duque de Valangin em 1806 e príncipe soberano de Neuchatel no mesmo ano, e vice-condestável do Império em 1807.
Em 1808, serviu na Guerra Peninsular e, em 1809, serviu no teatro austríaco durante a Guerra da Quinta Coaliz?o, após a qual recebeu o título de Príncipe de Wagram. Ele estava com Napole?o na Rússia em 1812 e participou do conselho de guerra extremamente incomum sobre se deveria prosseguir, sendo um dos vários que aconselharam contra um avan?o sobre Moscou que Napole?o decidiu (encorajado por Joachim Murat). Berthier disse ter chorado com a decis?o. Serviu na Alemanha em 1813, e na Fran?a em 1814, cumprindo, até a queda do Império Francês, as fun??es de major-general do Grande Armée.[1]
Após a primeira abdica??o de Napole?o, Berthier retirou-se para sua propriedade. Ele fez as pazes com Luís XVIII em 1814 e acompanhou o rei em sua entrada solene em Paris. Durante o breve exílio de Napole?o em Elba, ele informou Berthier de seus projetos. Berthier ficou muito perplexo quanto ao seu curso futuro e, n?o estando disposto a se comprometer com Napole?o, caiu sob a suspeita tanto de seu antigo líder quanto de Luís XVIII.
No retorno de Napole?o à Fran?a, Berthier retirou-se para Bamberg, onde morreu algumas semanas depois, em 1o de junho de 1815, ao cair de uma janela do andar de cima. A maneira de sua morte é incerta. Segundo alguns relatos, ele foi assassinado por membros de uma sociedade secreta, enquanto outros dizem que, enlouquecido ao ver as tropas russas marchando para invadir a Fran?a, ele se atirou de sua janela e foi morto.[1]
A perda das habilidades de Berthier em Waterloo foi profundamente sentida por Napole?o, como ele mais tarde afirmou de forma sucinta:
Se Berthier estivesse lá, eu n?o teria conhecido esse infortúnio.[5]
Avalia??o de personagem
[editar | editar código fonte]Berthier era um chefe de gabinete extremamente habilidoso, mas n?o era um grande comandante de campo. Quando ele estava no comando temporário em 1809, o exército francês na Baviera passou por uma série de reveses. Apesar de seu mérito como general ter sido completamente ofuscado pelo gênio de Napole?o, Berthier era conhecido por suas excelentes habilidades de organiza??o e por ser capaz de compreender e seguir as instru??es do imperador nos mínimos detalhes.[1] O general Paul Thiébault disse dele em 1796:
Ninguém poderia ser mais adequado ao general Bonaparte, que queria um homem capaz de dispensá-lo de todo o trabalho minucioso, compreendê-lo instantaneamente e prever o que ele precisaria.[5]
Casamento e família
[editar | editar código fonte]Em 1796, Berthier se apaixonou por Giuseppa Carcano, marquesa Visconti di Borgorato, que seria sua amante durante o Primeiro Império Francês, apesar da desaprova??o do imperador. Mesmo quando Napole?o o for?ou a se casar com uma princesa da Baviera, a duquesa Maria Elisabeth, em 1808, Berthier conseguiu manter sua amante e sua esposa juntas sob o mesmo teto, um estado de coisas que enfureceu o imperador.[6]
Em 9 de mar?o de 1808, Berthier casou-se com Elisabeth, que era filha única do duque Wilhelm na Baviera e da condessa Palatine Maria Anna de Zweibrücken-Birkenfeld-Rappolstein, irm? do rei Maximiliano I José da Baviera e parente do imperador russo através da linha Wittelsbach no lado bávaro e prussiano (Mecklenburg) de sua linhagem.
Eles tiveram um filho e duas filhas:[7][8]
- Napoléon-Alexandre, 2.o Duque e 2.o Príncipe de Wagram (11 de setembro de 1810 – 10 de fevereiro de 1887), casado em 29 de junho de 1831 com Zéna?de Fran?oise Clary (25 de novembro de 1812 – 27 de abril de 1884). Eles tiveram duas filhas, Malcy Louise Caroline Frédérique Berthier Princesa de Walgram (1832-1884), Elisabeth Alexandrine Maria Berthier Princesa de Wagram (1849-1932) e um filho, Louis Philippe Marie Alexandre Berthier, 3.o Príncipe de Wagram (1836-1911);
- Caroline-Joséphine, Princesa de Wagram (22 de agosto de 1812 – 1905), casou-se em 9 de outubro de 1832 com Alphonse Napoléon, Bar?o d'Hautpoul (29 de maio de 1806 – 25 de abril de 1889);
- Marie Anne Wilhelmine Alexandrine Elisabeth, Princesa de Wagram (19 de fevereiro de 1816 – 23 de julho de 1878). Nasceu logo após a morte de seu pai. Casado em 24 de junho de 1834 com Jules Lebrun, 3.o duque de Plaisance (19 de abril de 1811 – 15 de janeiro de 1872).
Referências
[editar | editar código fonte]- ↑ a b c d e f g h i j k Este artigo incorpora texto de uma publica??o agora em domínio público: Chisholm, Hugh, ed. (1911). " Berthier, Louis Alexandre ". Encyclop?dia Britannica. 3 (11a ed.). Cambridge University Press. p. 812
- ↑ Watson, SJ (1957), Por Comando do Imperador: A Life of Marshal Berthier , Londres: The Bodley Head, p. 13
- ↑ Watson, SJ (1957), Por Comando do Imperador: A Life of Marshal Berthier , Londres: The Bodley Head, p. 92
- ↑ Rodriguez,Junius P (ed); The Louisiana Purchase: A Historical and Geographical Encyclopedia; (ABC CLIO, 2002)
- ↑ a b ?Berthier, The Indispensable Marshal?. www.napoleon-series.org. Consultado em 25 de julho de 2021
- ↑ ?FRANCK FAVIER: "Berthier the Marshal existed well before and without Napoleon" (November 2015)?. napoleon.org (em inglês). Consultado em 25 de julho de 2021
- ↑ Huberty, Michel; Giraud, Alain; Magdelaine, F. e B. (1985). L'Allemagne Dynastique, Tomo IV Wittelsbach . Fran?a: Laballery. pp. 277, 348, 381-382. ISBN 2-901138-04-7
- ↑ Huberty, Michel; Giraud, Alain; Magdelaine, F. e B. (1989). L'Allemagne Dynastique, Tomo V . Fran?a: Laballery. pp. 532–533. ISBN 2-901138-05-5
Bibliografia
[editar | editar código fonte]- Bukhari, Emir Napoleon's Marshals Osprey Publishing, 1979, ISBN 0-85045-305-4.
- Chandler, David Napoleon's Marshals Macmillan Pub Co, 1987, ISBN 0-02-905930-5.
- Connelly, Owen, Blundering to Glory: Napoleon's Military Campaigns SR Books, 1999, ISBN 0-8420-2780-7.
- Elting, John R. Swords around a Throne: Napoleon's Grande Armée Weidenfeld & Nicholson, 1997, ISBN 0-02-909501-8.
- Haythornthwaite, Philip. Napoleon's Commanders (2): c.1809-15 Osprey Publishing, 2002, ISBN 1-84176-345-4.
- Hittle, James Donald ‘‘the Military Staff: Its History and Development Military Service Publishing, 1952.
- Macdonell, A. G. Napoleon and His Marshals Prion, 1997, ISBN 1-85375-222-3.
- Pawly, Ronald Napoleon's Imperial Headquarters (1): Organization and Personnel Osprey Publishing, 2004, ISBN 1-84176-793-X.
- Pawly, Ronald Napoleon's Imperial Headquarters (2): On campaign Osprey Publishing, 2004, ISBN 1-84176-794-8.
- Watson, S.J. By Command of the Emperor: A Life of Marshal Berthier. Ken Trotman Ltd, ISBN 0-946879-46-X.
Liga??es externas
[editar | editar código fonte]- (em inglês) Dados em Arc de Triomphe
- (em francês) Campagne d'égypte: Mémoires du Maréchal Berthier, Volume 1 de Louis-Alexandre Berthier e Jean Louis Ebenézer Reynier (1827)
- (em inglês) 'Dublin University Magazine, A Literary and Political Journal (1860)