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O trabalho é o fator de produ??o mais importante.[1] Usualmente os economistas medem o trabalho em termos de horas dedicadas (tempo), salário ou eficiência.
O trabalho é a essência do homem. O que distingue o homem dos demais animais é a sua consciência e a intencionalidade para o trabalho. O trabalho humano pode ser de ordem intelectual ou corporal. No trabalho humano há a liberdade de cria??o e de tempo. Para Albornoz "todo trabalho sup?e tendência para um fim e esfor?o".[2]
Etimologia
[editar | editar código fonte]A palavra trabalho deriva do latim tripalium ou tripalus, uma ferramenta de três pernas que imobilizava cavalos e bois para serem ferrados. Curiosamente era também o nome de um instrumento de tortura usado contra escravos e presos, que originou o verbo tripaliare cujo primeiro significado era "torturar" .[3] [4] Os gregos e os romanos diferenciavam o trabalho criativo (Artes liberais dos artistas e elites) do trabalho bra?al ou penoso (Artes mecanicas dos escravos):[5]
- Trabalho criador = "Ergoni" (grego) e "Opus" (latim)
- Trabalho bra?al = "Ponosi" (grego) e "Labor" (latim)
Nesse sentido insere-se também a antiga tradi??o bíblica do trabalho como castigo, ao condenar o homem comum expulso do paraíso (Ad?o) à labuta para ganhar o p?o de cada dia ("tu comerás o teu p?o, no suor do teu rosto").
História
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Antecedendo a inusitada ideia de Aristóteles, o filósofo grego Hesíodo, defendia que: a luta e a conquista deveriam fundar-se na justi?a e no trabalho. O trabalho agradava aos deuses (criava recursos e considera??o social), fazia os homens independentes e afamados. A alma, ao desejar riquezas, nos impulsiona ao trabalho. Daí até o conceito moderno de trabalho [como um processo que tem como objetivo lucrar produzindo algo ou vendendo-o, como o define Arnaldo Sussekind,[7] vai um longo caminho.
As concep??es mais simples do que seja o trabalho têm por padr?o a sua naturaliza??o, ou seja, elas o retiram do seu contexto propriamente histórico e o definem genericamente como gasto de energia ou como a??o de transforma??o da natureza. Tais concep??es acabam por compreender que, nas sociedades mais complexas, o trabalho se tornou apenas mais carregado de conteúdo tecnológico. Ou seja, a história é vista como um crescente linear de mais técnica, conhecimento e ciência e menos trabalho e esfor?o. E os homens na história seriam meros resultados de for?as que agem acima deles próprios, como somatório de suas a??es individuais.
Nas concep??es mais complexas do trabalho, o seu conteúdo material é parte de um processo social maior, de uma história que contrap?e os homens e seus interesses e lhes condiciona o fazer - de uns e outros - de modo bastante diferenciado. O trabalho de "um Aristóteles" pensando sobre o trabalho, a virtude, a riqueza, pesquisando e ensinando, tem muito pouco a ver com o de um agricultor de sua época. Assim como, para que e para quem os homens trabalham, se eles s?o obrigados a trabalhar para outros ou se eles o fazem livremente, se trabalham em troca de algo específico ou de uma cota, parte da riqueza geral criada (como ocorre nas sociedades mercantis onde todos produzem para o mercado), irá variar no tempo e no espa?o.

Uma defini??o mais complexa do trabalho é dada por aqueles que acreditam (como Karl Marx e Friedrich Engels, principalmente) que o trabalho é elemento definidor do próprio ser do homem ou sua dimens?o ontológica. Ontologicamente falando, o trabalho seria definidor do ser uma vez que gera as condi??es reais de sua possibilidade de existência. Ou, dito de outro modo, o trabalho se inseriria numa rela??o de media??o entre o sujeito e o objeto do seu carecimento.[8] Essa defini??o tem por mérito justamente n?o se esgotar dentro da naturalidade do ser, pois mudam ao longo da história os objetos do carecimento humano tanto quanto os modos destes serem satisfeitos.
Enfim, o conceito de trabalho é um conceito histórico, é ao longo da história que v?o se colocando novas determina??es para este conceito. Assim, a forma como os homens se organizam, como a divis?o do trabalho, para produzir difere de época para época e tanto o modo geral como eles se articulam como os conteúdos específicos dos diferentes trabalhos ir?o mudar e exigir novas nomea??es. Assim é que, no mundo moderno, dizer que o trabalho é trabalho assalariado, acrescentando-lhe assim um qualitativo, é dizer o principal do trabalho num certo tempo e lugar. é dizer que, apenas nas sociedades mercantis desenvolvidas, é que se transformam n?o apenas os produtos do trabalho em mercadorias, mas o próprio trabalho. Explicita-se assim o que é o trabalho no interior das unidades produtivas, na sociedade como um todo e no conjunto das próprias concep??es que fazem dele os [indivíduos aí participantes.
A proposi??o do modo de organiza??o do trabalho como sendo a base para a organiza??o da sociedade em seu conjunto (poder, religi?o, saber, etc.) provem de uma leitura materialista-histórica da realidade, de base marxista. Trata-se esta da crítica filosófica ao idealismo alem?o de Hegel e outros que n?o levavam em considera??o o trabalho em geral, mas o trabalho da raz?o em particular, para a compreens?o da lógica de desenvolvimento da história. Essa concep??o do trabalho como elemento fundante da história é crítica também da economia política inglesa (Adam Smith e David Ricardo). Nestes, o trabalho aparece como elemento importante por trás dos pre?os das mercadorias mas n?o como base daquela organiza??o social que nos torna produtores mercantis.
Há pois mais de um debate em torno do conceito de trabalho, e este cresceu na medida em que este se tornou, na modernidade, objeto da reflex?o da economia, da sociologia, da antropologia, da psicologia, da administra??o, entre outras disciplinas acadêmicas.
Hoje, já passados os tempos chamados da modernidade, coincidentes com o surgimento do modo de produ??o capitalista, do trabalho assalariado, da democracia burguesa, do individualismo, do emprego, que nos fizeram acostumar com uma certa compreens?o do que fosse o trabalho e o seu/nosso mundo, muitas s?o as transforma??es que atingem a ambos. No rastro dessas transforma??es, muitos autores chegam a anunciar o fim do trabalho (Offe), ou pelo menos do emprego (Rifkim), ou o surgimento do trabalho aut?nomo e do tempo livre em lugar daquele feito para outrem (Gorz), ou o surgimento de um trabalho tido como "imaterial" (Antonio Negri), entre tantas novas determina??es.
Evolu??o
[editar | editar código fonte]Organiza??o do trabalho
[editar | editar código fonte]Modelos de trabalho
[editar | editar código fonte]Durante a história das rela??es de trabalho, a maioria das empresas atuava de maneira presencial. Em 1857, houve o surgimento do trabalho remoto (home office) nos Estados Unidos, com o uso do telégrafo para enviar mensagens codificadas durante o expediente. Na década de 1970, a crise do petróleo tornou o deslocamento ao escritório mais custoso e, para muitas empresas, o home office se tornou a solu??o.[9]
Com a chegada da pandemia de Covid-19, o mercado de trabalho precisou se adaptar às medidas de isolamento para conter a transmiss?o da doen?a. Por isso, o trabalho remoto se tornou a regra até a vacina??o em grande escala permitir o retorno às atividades presenciais. Neste período de transi??o o trabalho híbrido[10] passou a ser uma alternativa utilizada - com os colaboradores indo ao escritório somente em determinados dias da semana, já que a pandemia ainda exigia certos cuidados de distanciamento.
Depois da pandemia ser efetivamente controlada pelas autoridades sanitárias, as empresas passaram a poder escolher entre qual dos três modelos de trabalho é mais atrativo ao seu modelo de negócios. Segundo estudo realizado pelo Vagas For Business,[11] o modelo híbrido é preferido por 41,14% dos profissionais. Já o presencial é o favorito de 34,6% e o home office foi apontado como melhor op??o por 24,26%.
Ver também
[editar | editar código fonte]- Capital humano
- Desemprego
- Direito do trabalho
- Empregado
- Escravid?o
- For?a de trabalho
- Gest?o de Recursos Humanos
- Mercado de trabalho
- Microeconomia
- Organiza??o Internacional do Trabalho
- Produtividade
- Profiss?o
- Rela??o de emprego
- Salário
- Servid?o
- Trabalho assalariado
- Trabalho escravo contemporaneo
- Trabalho voluntário
Referências
- ↑ Adam Smith, Investigación de la naturaleza y causas de la riqueza de las naciones, Ediciones Orbis, S.A., Barcelona, 1983, Libro IV, Cap. VI
- ↑ ALBORNOZ, Suzana (1994). Que é trabalho?. S?o Paulo: Brasiliense. p. 11
- ↑ CELIS, Juan Carlos (Ed) Lecturas clásicas y actuales del trabajo Arquivado em 19 de outubro de 2013, no Wayback Machine. Ed Escuala Nacional Sindical Medllín 2003 págs 256 y 257
- ↑ RIEZNIK, Pablo Trabajo, una definición antropológica. Dossier: Trabajo, alienación y crisis en el mundo contemporáneo En Razón y Revolución nro. 7, verano de 2001, reedición electrónica pág 6
- ↑ PREVIDELLO, Adhemar - DUTRA, Ivan - Elementos de Economia - Editora Jalovi - Bauru, S?o Paulo - Pgs. 108-109
- ↑ Cullingford, Benita (2008). Chimneys and Chimney Sweeps. [S.l.]: Bloomsbury USA (em inglês). 32 páginas. ISBN 9780747805533 Consultado em 9 de setembro de 2020
- ↑ SUSSEKIND, Arnaldo. Institui??es de Direito do trabalho. [S.l.: s.n.] pp. V.1, p. 82
- ↑ MARX, Karl. Elementos Fundamentales para la crítica de la economía política (Grundrisse). Século XXI, 1986. México: [s.n.]
- ↑ ?A História do Home Office?. Portal ISO. Consultado em 7 de dezembro de 2012. Cópia arquivada em 8 de dezembro de 2021
- ↑ ?Modelo de trabalho híbrido: o que é, quais s?o as vantagens e por que adotar?. Resultados Digitais. 29 de mar?o de 2022. Consultado em 7 de dezembro de 2022
- ↑ ?Pesquisa revela o que os brasileiros esperam dos modelos de trabalho em 2023?. Vagas For Business. Consultado em 7 de dezembro de 2022